Durante o tempo em que estamos morando aqui, criamos o hábito de caminhar ao cair da tarde. Não existe nada mais legal!
Porém, ontem resolvemos parar e tirar um tempo para sentar no velho banco da praça.
Acredite! Não foi muito confortável no início. Era como que estivéssemos parado e o mundo continuasse a girar mais e mais rápido. A cabeça resiste e não quer desacelerar. Não se lembra mais como é isso!
Ao me dar conta disso, resolvi ceder aquele momento tão sublime.
Fechei meus olhos por uma fração de tempo, e ao abri-los o cenário tinha outros tons.
Saltara-me aos olhos cenas que de tão simples eram extraordinárias!
Era a virada do dia e quase não havia mais luz do sol. Aliás ele já se punha.
Crianças brincavam no parquinho e na quadra alguns jovens jogavam bola. Ouvi som dos pássaros que, embora parecesse algo novo, eles sempre estiveram lá. Estavam lá o tempo todo, mas eu não os ouvia, pois estava ocupado demais, preocupado e distraído para ver toda aquela beleza.
Pude também olhar nos olhos de minha esposa e ouvir suas memórias de infância.
Por falar em olhos, há algum tempo eu não prestava atenção neles. Olhos de mel, mas que tinha um brilho novo e motivado.
Eu não poderia imaginar que alguns momentos no banco da praça lhe fariam tão bem. Mas estavam fazendo.
Ela contava de sua infância, das brincadeiras no riacho, do chamego da avô materna, dos dias na escola, dos medos bobos e da ausência da mãe que foi vencida pela enfermidade.
As horas passaram e quando nos demos conta, já era hora de voltar pra casa.
Já não éramos mais os mesmos. A pressa acabara. A preocupação com coisas importantes, mas adiáveis não nos ocupavam a mente.
Nossa caminhada pra casa foi a melhor de todas.
Decidimos fazer isso por pelo menos três vezes por semana.
Tente pelo menos fazer isso pelo menos uma vez e você verá o que um banco de praça pode fazer no seu relacionamento.
Pense nisso. Seja feliz e lembre-se: Família. Você precisa cuidar da sua!
Bora pra vida.
Bora pra praça.
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